terça-feira, 28 de agosto de 2012

Por que ser ateu ofende?

Uma coisa é certa: nascemos todos ateus; mas por que tanta gente tem ódio ou repulsa a ateus, sendo que elas mesmas um dia já foram ateias? Não sei ao certo, mas posso destacar alguns motivos que levam a pessoa a manter ou alimentar esse ódio:
O primeiro deles é o desconhecimento do significado da palavra ateu, o que leva muita gente a confundir o ateísmo com uma religião ou satanismo ou uma "coisa do mal". Também tem o fato de muitas pessoas que estão na condição de ateias negarem seu próprio ateísmo por não saberem sua definição. Entre eles estão agnósticos, ignósticos ou mesmo espiritualistas não-teístas. Estes três últimos confundem o significado de ateísmo que é "descrença em deus" com uma afirmação positiva de que deus não existe, ou então com a suposição de que para se ser ateu, deve-se ter uma definição do que é deus, o que não é verdade (volte à primeira linha do texto e leia o porquê). Nesse caso não há necessariamente um ódio ao ateu, mas apenas uma repulsa ao termo ou a condição de ateu.
O segundo, e mais sério, é o caso do fanático religioso, que tem em sua concepção que ateísmo é uma coisa do seu "demônio" e que as pessoas que fazem parte do seu meio religioso não devem se misturar com essa "gentalha gentalha pfff",  e então, dependendo de onde se mora, o ateu pode sofrer não só preconceito como ameaças, xingamentos, agressão, perda de emprego, perda de amigos, perda de cônjuge, enfim, perda de oportunidades, e o pior, por não fazer nada de errado, mas que o fanático religioso acha que é um pecado mortal.
No primeiro caso, o que cabe é um esclarecimento do significado de ateu, que eu vou dar aqui:
Ser ateu significa não acreditar em deus algum, ou não ter por deus nada em que se acredita. Se dentre as suas crenças, nenhuma se chama "deus" ou passa a ideia de "divindade", então, você é um ateu.
Vale lembrar que isso (de ser ateu) não implica coisa alguma além de não se ter por deus nada em que se acredita, pois o que se vê muito por aí é neguinho associando o ateísmo à Teoria da Evolução (uma "teoria ateia" segundo os criacionistas), ou a práticas satânicas, ou ao comunismo, ou a qualquer coisa que não tem nada a ver. Um ateu pode ser honesto, criminoso, trabalhador, vagabundo, corintiano, palmeirense ou o caralho a quatro, mas seu caráter não tem absolutamente nada a ver com seu ateísmo, já que ateísmo não nos diz nada sobre o que fazer, não é ideologia, nem bandeira, nem religião, nem guia moral, apenas descrença em "deus", coisa que possuimos automaticamente ao nascer; ou você acha que bebês acreditam em deus, hein?
Já no caso do fanatismo religioso, que pode afetar não só o moral como a vida cotitiana do ateu negativamente, o esclarecimento talvez não seja suficiente, assim como pode não dar certo, pois o fanático já tem uma crença dogmática acerca do ateu e mudá-la é impossível enquanto dogma. Nesse caso cabe atitudes no sentido de rechaçar qualquer manifestação de preconceito, ódio, repulsa ou prejuízo sofrido pelo ateu por parte do fanático em questão.
Em casos onde a pessoa perde um emprego, por exemplo, deve-se recorrer à justiça por crime de danos morais e discriminação. A "justiça humana" pode ser um bom cala-boca para os defensores da "justiça divina", afinal, argumentos baseados em crenças religiosas não funcionam no tribunal. Se o problema é afetivo, com amigos ou familiares que possam vir a te abandonar ou te odiar por causa de seu ateísmo, o buraco é mais embaixo, afinal, você pode ficar sem a quem recorrer e entrar em depressão. É aí que a liberdade que o ateísmo proporciona se converte em isolamento e culpa. Mas afinal, culpa de quê? De onde já se viu a pessoa não ter nem o direito de dispensar uma crendice religiosa em paz? Por que sempre tem que ter neguinho falando merda ao seu ouvido pelo simples fato de você não possuir uma crença que ele possui?
Isso já está mais do que na hora de acabar, e não é esperando os crentes se tornarem "bonzinhos" que as coisas vão se arrumar, a iniciativa deve partir de nós, devemos colocar esse tipo de gente no seu devido lugar, que é o mesmo lugar onde eles nos colocam. Um crente te parou na rua e veio com aquela baboseira bíblica? Interrompa-o, ridicularize-o, rechace-o se necessário, só não passe dos limites. Alguém deixou de ser seu amigo(a) ou cônjuge por você ser ateu? Essa é uma situação delicada, sem dúvida, mas jamais abaixe sua cabeça pra aquela pessoa.
Bem, lendo esse post, você pode achar que eu já sofri muito preconceito e por isso estou tentando organizar uma cruzada em favor dos ateus, mas o fato é que eu nunca sofri preconceito por isso e nem me prejudiquei, nem perdi amigos ou namoradas por causa disso, nem me intriguei com parente algum, mas me solidarizo com o fato de conversar com pessoas que sofreram e sofrem esse tipo de coisa, por vezes todo dia e que têm que aguentar calada pra não sofrer mais ainda, e tudo isso por pura ignorância alheia.

domingo, 26 de agosto de 2012

NFL na TV Esporte Interativo

A TV Esporte Interativo nesses últimos tempos vem fazendo um ótimo trabalho no que diz respeito a transmissóes esportivas e coberturas de campeonatos das mais diversas modalidades mundo afora, e isso tudo pra TV aberta e também na Internet. Uma jogada de mestre da emissora foi cobrir e transmitir alguns campeonatos de MMA (com o Shooto Brasil e Bellator), e de kickboxing (It´s Showtime).
Tendo já transmitido a NBA em 2007/2008, campeonatos de judô, taekwondo, boxe, vôlei, vôlei de praia, futsal, além é claro do futebol (principalmente o europeu), a emissora me surpreende mais uma vez e lança a NFL na sua grade de programação, começando pelo Super Bowl desse ano, onde num jogo emocionante, o New York Giants vence o New England Patriots por 21x17, onde os últimos pontos do Giants foram conseguidos em um "touchdown sentado".
A emissora vai transmitir 70 jogos, espalhados entre a pré-temporada, a temporada regular, TODOS os jogos dos Playoffs, além é claro, do Super Bowl 47. Espero que essa iniciativa da TV Esporte Interativo faça sucesso e gere novos fãs para o futebol americano, até com torcidas, assim como no futebol tradicional, e que a TV sempre traga novidades para sua programação, com outras modalidades pouco conhecidas, o que pode gerar um grande interesse por parte do público brasileiro que ainda se vê preso ao nosso futebol e ao fracasso olímpico.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

2+2x2=6 ou 8?

Eu, como professor da rede pública estadual, percebo que muitos dos meus alunos, apesar de já terem estudado expressões numéricas, muitas vezes se confundem ou não sabem qual a ordem de prioridade na resolução de expressões. Isso se deve, em parte, pelo fato da educação no Brasil ser um tanto quanto defasada, principalmente nas áreas de ciências naturais e matemática, assim como pelo fato de se dar cada vez menos prioridade ao raciocínio, que é essencial para que o aluno possa resolver não só problemas matemáticos como situações da vida cotidiana.
Quando eu pego turmas novas de 6º ano por exemplo (ingressando no Ensino Fundamental Maior), vejo que muitos deles não sabem fazer uma soma simples, e lá vou eu me desdobrar pra fazer uma coisa que as professoras do primário deveriam ter feito e não fizeram; ensinar a somar. Enquanto isso, outros alunos que já sabem as 4 operações (incluindo a tabuada do 7, que é a mais difícil de todas), têm que esperar os alunos que têm dificuldade aprender quanto é 2+2 ou até mesmo a segurar no lápis corretamente.
Mas aí você, que já é adulto e está lendo este post, reflete: "peraí, fiquei na dúvida sobe quanto é 2+2x2. Será que é 6? Será que é 8? Será que é infinito?". Para quem ainda está na dúvida, recomendo ter aulas de reforço ou acompanhar esse post até o final.
A dúvida paira: o que eu resolvo primeiro? A soma? A multiplicação? ou qualquer uma das duas tá valendo?
A resposta é: Em uma expressão numérica que abranja as 4 operações e não tenha parênteses, colchetes ou chaves, deve-se calcular primeiro as multiplicações e/ou divisões na ordem em que aparecem, e depois, as somas e/ou subtrações. Mas por quê?
Vamos pegar um exemplo semelhante ao do título do tópico, mas com números diferentes, pra melhor entendimento.

3+5x2 // Sabendo-se que 2=1+1, podems substituir o 2 da expressão por 1+1 entre parênteses.
3+5x(1+1) // Nota-se que se torna inviável fazer primeiro a soma 3+5, pois o 3 é um termo independente, enquanto o 5 deve ser multiplicado por ambos os membros entre parênteses (propriedade distriutiva).
Como para efeito de cálculo, 1+1=2, fazer a multiplicação 5x(1+1) equivale a fazer 5x2, e, com isso, tanto na primeira expressão quanto na segunda, devemos fazer primeiro a multiplicação (isso se estende à divisão), para só depois fazer a adição (ou subtração). E então temos:

3+5x2=
3+10=
13

Espero que com esse exemplo, você consiga solucionar o problema do título, porque eu já estou farto e quero evitar a fadiga.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Chupa bala Halls!

Você já parou pra pensar como seria o mundo sem Halls?
Tá bom, fui sensacionalista na pergunta, mas a questão é que a maioria das pessoas já chupou balas Halls, e sentiu aquele gostinho amargo e frescor típico da bala. Pois bem, há quem diga que Halls é bom para "aquelas horas", seja para dar uma sensação de gelado nas "coisas" ou mascarar o gosto delas. Eu ainda não tive essa experiência com a bala, aliás, ainda não me lembrei disso naquelas horas, mas um dia eu hei de experimentar desse jeito.
Pra quem é um fã da bala, é provável que já tenha chupado de vários sabores, e notado a diferença da sensação de gelado que cada uma delas causa na boca.
O halls preto por exemplo, é o mais ardido de todos. Experimente chupar um e beber água gelada em cima, aquela dor aguda entre a garganta e a nuca e de lascar. Eu o recomendo em dias de calor quando não tem água por perto, pois sacia um pouco a sede, no entanto, está longe de ser o meu preferido.
Os meus preferidos são o azul (uma versão mais "light" do preto) e o vermelho de morango que é mais doce, mas também gosto dos Halls Creamy e dos verdes de hortelã e uva verde, enfim, o preto é minha última escolha, embora eu não o despreze.
E então você, nobre leitor pergunta "ô Ophoda, por que você disse que o halls sacia a sede?". Eu respondo:
Eu não sei com você, mas no meu caso, sempre levo um pacote de Halls pra escola quando vou ensinar, ou então quando vou sair pra uma festa ou pra resolver minhas coisas, pois quando bate aquela sede e eu fico desesperado babatando atrás de água e não encontro nenhuma "fonte" por perto, saco meu Halls do bolso (de preferência azul ou vermelho) e aproveito o seu frescor, que diminui minha ansiedade por água pelo menos no momento, mas é claro que ela sempre volta e volta com força e quando vou matar a sede, além de ter aquele desconforto da dorzinha aguda no pescoço, fico com mais sede ainda a cada golada. No fundo, a bala age meio que como uma "droga" nesse sentido.
Mas não pense você que sou um maníaco viciado em bala Halls, pelo contrário, dificilmente eu a chupo, mas gosto e recomendo. E então, vai um Halls aí?

Enfim criei um blog.

E aí, internautas do mundo inteiro. Me chamo Valdiney Araújo e criei este blog pra postar sobre assuntos diversos, afinal como vocês devem ter visto, não especifiquei um assunto pra não ter o problema de ter que manter a linha de discussão, e também pra que nenhum dos meus possíveis leitores venha a questionar "oh, por que ele fez um blog sobre isso e não fala disso?".
Um outro motivo pelo qual quero falar sobre assuntos diversos é que eu, assim como a maioria das pessoas, tenho minhas fases. Às vezes falo disso, às vezes daquilo e quando sobra tempo, daquilo outro. Tudo se resume ao que der na telha no momento.
Além deste blog que estou criando agora, eu também posto em um fórum de discussão chamado ateus.net (sim, sou ateu) e meu nick lá é Matt Dillahunty. Você, que esbarrar com este blog por acaso pode também já ter esbarrado com algum de meus posts lá.
Sobre minhas características (as que posso falar), tenho 24 anos e sou potiguar, gosto de matemática, humor, esportes, mulheres, etc. Sou graduado em Matemática e professor da rede pública estadual (que lástima!). Bem, já falei demais, não quero virar uma coisa pública. Espero que gostem do Blog d'Ophoda e não esperem nada de mim (e esperem tudo ao mesmo tempo).
Valeu.