sexta-feira, 28 de setembro de 2012

As músicas antigas são melhores

Voltei pra mais um post, que por sinal estão ficando mais espaçados entre um e outro à medida que o tempo passa, mas não se preocupem, quando eu ficar desocupado, postarei com maior frequência.
Na verdade, eu estava pensando em postar uma charge do profeta Maomé, só pra avacalhar um pouco o islamismo, mas como eu não sei desenhar, vou pedir ajuda aos meus colegas do fórum Ateus.net pra confeccionar alguma ou algumas charges. Pressinto que meu blog vai bombar (que trocadilho infame) depois disso.
Enfim, hoje venho falar de como as músicas antigas eram melhores que as de hoje, e não é pra menos, hoje em dia, o intuito do artista é unicamente a grana no bolso, com músicas repetitivas e comerciais. Os poucos artistas que têm talento ou são músicos, ou são cantores líricos (que são um pé no saco também). Não se vê mais música popular com letra nem aquele ritmo de raiz, e as melodias têm no máximo quatro acordes.
Tenho saudade da minha época de infância, quando o forró tinha aquele incremento da sanfona, triângulo e baixo, e era um ritmo gostoso de ouvir, cantar e dançar. Apesar de ser um forró já moderno com o surgimento de bandas como Mastruz Com Leite, Mel Com Terra, Limão Com Mel, Magnificos, tinha aquele ar de raiz, com músicas que retratavam a realidade do sertanejo, e eu, que morava em São Paulo, me sentia no nordeste quando ouvia. Em compensação, o que vemos hoje? Bandas comerciais, que se preocupam mais em falar o nome do patrocinador na música do que cantar, a sanfona e o triângulo perderam espaço para a guitarra e a bateria (forrock?), sem falar, é claro, da voz dos cantores que piorou drasticamente de qualidade. Tá certo que a "fase negra" do forró já passou, que foi o auge da putaria e da "lapada na rachada", entre 2004 e 2007, afinal, hoje as letras são mais amenas, mas adquiriram a repetitividade e a falta de originalidade que também atinge outros ritmos.
E o que dizer da música sertaneja, a qual eu sempre dei o maior crédito até pouco tempo atrás? Acho que nem preciso dizer no que se transformou o "sertanejo enlatado", que é nada mais que uma mistureba entre sertanejo, rock, forró, samba, funk, tudo junto e misturado, virou uma gororoba sem nexo e sem identidade, e claro, com as vãs repetições que são a fórmula do sucesso pra qualquer cantor sertanejo que se preze atualmente. É claro que nessa carona do sertanejo moderno, ainda tem bons cantores e duplas, mas a época do bom sertanejo findou com Rionegro e Solimões, Gino e Geno e Teodoro e Sampaio. Depois que essas duplas decaíram (por volta de 2007/2008), a música sertaneja nunca mais foi a mesma.
Um outro ritmo que também decaiu, não por falta de qualidade e sim de representantes de sucesso, foi o samba. Quem viveu a década de 90 sabe que o samba era um ritmo em alta, aquele samba de raiz mas com um ar já moderno. Quem não se lembra do Molejão? Raça Negra, Negritude Jr, Katinguelê e outras bandas que marcaram os anos 90 e ficaram sempre afrente nas paradas de sucesso? Hoje em dia, quais são os representantes do samba? Quer dizer, eles ainda existem, mas não chegam nem perto do apelo que esse ritmo tinha antes.
Pra finalizar, eu gostaria e deixar uma crítica meio ferrenha, não só ao ritmo quanto aos seus fãs, o bom e velho rock. Uma coisa que venho observando em relação ao rock de sucesso hoje é que ele é cada vez mais internacional. O rock brasileiro decaiu, e com isso os fãs do ritmo migraram para as bandas e cantores internacionais. Eu, particularmente, não vejo mais nenhuma rodinha de pessoas discutindo sobre bandas de rock brasileiras, talvez Legião Urbana seja a única que esteja numa constante em relação ao sucesso. Mas, além dessa decadência, há um outro problema: os fãs de rock. Não estou me referindo ao comportamento, estilo ou caráter, e sim a uma característica que não só eu como muita gente percebe: o fato deles acharem que o rock é incriticável "oh, quem critica o rock é -algum termo pejorativo ou gíria de trombadinha-", enquanto que, eles, os roqueirões, criticam todo tipo de música que não seja rock pauleira, onde tem muito lixo musical também.
Escrevendo esse post, me deu uma certa angústia pelo fato de que não teremos mais músicas como as de antigamente. A homogeneização cultural foi um baque na qualidade da música popular, o "tudo junto e misturado" estragou a identidade, e o comércio, a originalidade, e com isso, o talento ficou em segundo plano.

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